Mente Livre



A Mente Livre


Liberdade e sabedoria não são coisas que necessitam de ser desenvolvidas ou conquistadas, se fosse esse o caso seriam coisas tão fugazes e impermanentes como qualquer coisa que é construída. Liberdade e sabedoria é a condição natural e primordial do Ser. 

O estado iluminado ou desperto, é a condição natural do Ser. Aquele que pensa que tem de encontrar a liberdade espiritual e despertar, esse mesmo, é a prisão! Talvez não acredites, talvez digas: "mas existem tantos problemas na minha vida e no mundo, como é possível que tudo é perfeito?".. no entanto, se descobrires o que está na base, por trás da  ''pessoa" que vê problemas, poderás descobrir a perfeição natural e espontânea em tudo. Mas no entanto é necessário buscar, andar o caminho para esta descoberta e amadurecer, amadurecer completamente para ver que nunca se foi separado da perfeição inata. Este é o paradoxo do caminho. A pessoa não necessita de se transformar numa outra pessoa, a pessoa não necessita de se melhorar, porque a 'pessoa' é irreal, não é a condição autentica do Ser. A condição natural do ser já é perfeita!
Se desejas saber de onde vem o sofrimento e a confusão humana, vou dizer-te algo muito simples: Vem do 'tu', vem do 'Eu-Pessoa-Corpo-Mente', mas esse 'Eu-Pessoa-Corpo-Mente' não é aquilo que verdadeiramente és.
Vem devido ao acreditar que és essa 'Eu-Pessoa'. Não é necessário procurar no exterior pela liberdade, nem sequer é necessário procurar nos pensamentos, porque a tua condição inerente, inata, é em si liberdade, iluminação, o estado perfeito de Dzogchen. Mas no entanto se não descobrires a condição fundamental do Ser, então a vida em si é uma prisão. Essa 'pessoa-Eu' que é uma ilusão criada pela própria mente, move-se pelo mundo, num mundo separado de si, dividida, constantemente a tentar encontrar harmonia entre duas entidades aparentemente reais e separadas: 'Eu' e o mundo. Nesta luta existe constantemente uma tensão, uma tensão impossível. Mas na realidade, não és um prisioneiro neste mundo, o 'Eu' que se sente limitado, esse próprio é a prisão.

Quando se vê directamente a natureza ilimitada e livre do Ser, todas amarras se dissolvem. Deixar o 'eu' limitado tem de ser um acto de abandono e simplicidade extrema.
Liberta a mente de si mesma, e a totalidade do Ser está mesmo ali, onde sempre esteve.

A busca de um principio espiritual na vida humana, é inata no coração da humanidade. A confusão, a sensação de separação, a dualidade que cria a sensação constante de falta, são aspectos que eles próprios fazem parte desta dança com o infinito, desta dança para o despertar. Nestes dois videos faço uma introdução destes aspectos, a base do caminho espiritual, a essência do caminho em si.  Espero que traga beneficio -

 com Amor - Ajanatha